Janeiro Verde: conscientização sobre o Câncer de útero

Por APCEF/MG
Institucional
4 de janeiro de 2021

A doença está entre as mais recorrentes que atinge as mulheres, tanto em casos quanto em óbitos

Em cada mês do ano se destaca uma conscientização sobre a saúde humana, seja ela física ou mental. E em janeiro a causa é o câncer de útero. A doença é a terceira mais frequente em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama e colorretal, e a quarta que mais mata pacientes do sexo feminino. 

O câncer de útero, também conhecido como cervical, já matou 5.727 mulheres em 2015, último ano com dados publicados, e em 2019 foram aproximadamente 16.370 novos casos em todo o Brasil. Os dados são do INCA, Instituto Nacional de Câncer. Ainda segundo a instituição, 77% das pacientes são diagnosticadas já com a doença em um estágio avançado, principalmente nos graus 3 e 4. 

Normalmente, o vírus não causa o tumor. Mas, devido a alterações celulares, há uma evolução para o câncer que é causada pela incidência do HPV (Papilomavírus humano, traduzido do inglês) provocada pelo tabagismo, relações sexuais precoces e múltiplos parceiros, além do uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. 

Sintomas e formas de prevenção 

Após o desenvolvimento do vírus e da doença no corpo, alguns sintomas são indicativos para que as mulheres procurem um médico. Sangramento vaginal anormal, dor na relação sexual, dor na pélvis e elevação na secreção vaginal são os principais deles. 

Mas para que não chegue nesse estágio, existem formas de prevenir contra o HPV. Além do uso de preservativos durante as relações sexuais, há a vacina. A vacinação contra a doença deve começar desde a infância, em especial em meninas de 9 a 14 anos. Porém, o método não previne contra todos os tipos do HPV. 

Fala do especialista 

O presidente da SBC, Sociedade Brasileira de Cancerologia, e cirurgião oncológico, Ricardo Antunes, afirmou que o fator socioeconômico está relacionado com o alto índice de mulheres que contraem o vírus. 

“Esse alto índice de tumores do colo do útero está diretamente relacionado às condições socioeconômico da população e a falta de campanhas efetivas de prevenção e detecção precoce da doença”, explica. 

Ricardo também ressaltou a importância da vacina contra a doença. “A prevenção primária do câncer deve ser feita com o uso da camisinha nas relações sexuais. Mas a prevenção mais efetiva está na vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Infelizmente essas vacinas têm tido baixa adesão da população e as campanhas não obtiveram o índice de cobertura esperado pelo Ministério da Saúde”, ressalta o especialista. 

Exames 

O mais recomendado pelos especialistas é o check-up anual com o ginecologista e a realização do exame Papanicolau. Mas, mesmo se a paciente já tiver contraído o câncer, é possível os médicos identificarem de forma precisa o local do tumor. 

A Medicina Nuclear faz a localização exata do tumor, permitindo determinar o melhor procedimento, seja ele quimioterapia, radioterapia ou uma cirurgia. Além desse exame, existe o PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computorizada). 

A tecnologia apresenta o diagnóstico por imagem mais sensível e acompanha o funcionamento do corpo e das células e permite determinar se o câncer se disseminou para os linfonodos. 

O importante é você, mulher, cuidar do seu corpo da melhor maneira possível, independentemente da idade e da cor do mês!

Departamento de Comunicação APCEF/MG

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