No dia 06 de abril é comemorado o Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e pela Paz. A data foi criada em 2003 pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de mostrar o potencial do esporte na educação e na formação dos cidadãos, além de quebrar barreiras linguísticas e culturais.
A data representa a potencialidade do esporte para a paz. Não à toa, o líder Nelson Mandela disse que “o esporte tem o poder de mudar o mundo”. Pegando um gancho na fala de Mandela, Irina Bokova, diretora-geral da Unesco, afirma a necessidade de fortalecer esse poder transformador para as bases de um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Irina Bokova também lembra que, em períodos turbulentos, o esporte é um agente de inclusão social e de empoderamento para a juventude. Veja aqui três ocasiões em que o esporte promoveu a inclusão social, o respeito às diferenças e a paz entre os povos:
1 – O vôlei de fronteira
A fronteira entre México e Estados Unidos é um ponto de muita tensão política. No entanto, entre a cidade Naco do Arizona e a Naco do México (antes uma só cidade, agora separadas pela fronteira), uma vez por ano, a controvérsia política se apaga e se acende o esporte. A proposta é simples: uma partida de vôlei entre os países, usando como “rede” a própria cerca que demarca a fronteira. A tradição nasceu em 1979, como parte de uma festa mexicana, e se mantém até então. É claro que a “rede” (uma cerca de quatro metros, em aço) é demasiado elevada para permitir a reprodução normal do Vôlei. Mas o entusiasmo e o desejo de compartilhar um único e revolucionário jogo parece ser mais forte do que a fadiga da rede alta.
2 – O programa nuclear
Recentemente, em ocasião das Olimpíadas de Inverno realizadas na Coreia do Sul, o presidente dos EUA, Donald Trump, se reuniu pela primeira vez com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para discutirem o fim do programa nuclear. O momento foi considerado “apropriado e sob as circunstâncias corretas” pelas lideranças, uma vez que, durante as olimpíadas, as duas Coreias também estreitaram laços, por conta do evento.
3 – A selfie coreana
Em 2016, à época dos Jogos Olímpicos no Rio, duas ginastas mostraram a todos que o esporte tem o poder de unir: uma representante da Coreia do Sul e outra da Coreia do Norte, dois países em conflito. Mesmo assim, ambas resolveram registrar a amizade e a união em uma selfie, ao vivo e transmitida por todo o mundo, entrando assim para a história dos jogos olímpicos.
Esporte e inclusão
A Carta Internacional da Unesco da Educação Física e do Esporte alerta sobre a necessidade de o esporte ser uma atividade acessível, a fim de que o seu poder, devido ao seu grande alcance, se faça valer.
A APCEF/MG atua em projetos sociais que levam esporte e inclusão às crianças e adolescentes carentes. São eles:
1 – Emancipa Esporte
Lançado em junho de 2017, o projeto comandado pelos atletas olímpicos Joanna Maranhão, e Luciano Corrêa, busca democratizar o acesso ao esporte, cultura e lazer. Mais do que captar novos talentos para o esporte brasileiro, a iniciativa busca formar atletas para a vida – são ministradas palestras abordando temas como nutrição, pedofilia, drogas, etc, visando combater influências sociais que prejudicam a formação dos participantes.
Para muitas pessoas, é motivo de orgulho o Brasil ser reconhecido como a nação do futebol. Contudo, num país com tanto potencial para revelar novos talentos, a falta de estímulo e investimento em outras modalidades esportivas ainda não permite que sejamos reconhecidos da mesma maneira sem a bola no pé. Mas se depender de uma parceria firmada entre a APCEF/MG e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em breve novos talentos e bons resultados surgirão nessa e em outras modalidades. Em março de 2014 foi lançada a equipe de Atletismo do estado de Minas Gerais: a APCEF-CTE-UFMG-ATLETISMO, que vem alcançando bons resultados em competições estaduais e nacionais.
Veja mais sobre os projetos clicando no nome de cada um!
Fonte: ONU
