9 histórias inspiradoras de pessoas que mudaram de vida após a aposentadoria

Por APCEF/MG
Institucional
24 de janeiro de 2018

Aposentadoria não é sinal de parar no tempo, ficar em casa ou qualquer coisa que sugira que a vida acabou. Manter a cabeça e o corpo ativo são os principais remédios para quem se aposentou, mas está longe de se sentir velho. Afinal, a gente se aposenta do trabalho, não da vida. Neste Dia do Aposentado reunimos 9 histórias inspiradoras de pessoas que resolveram mudar de vida aposentadoria:

Intercambista no Canadá aos 85:

Luis Angelo Giacobbo se17179491 aposentou com 70 anos. Três meses depois, sofreu um AVC e teve todo o lado esquerdo do corpo danificado. O susto fez ele entender que parar iria fazê-lo adoecer outras vezes – e ele ainda não se sentia pronto para abandonar o desejo de viver. Procurando formas de manter o cérebro ativo descobriu que aprender novas línguas era muito recomendado, então não pensou duas vezes: resolveu fazer um intercâmbio para aprender inglês. Durante três meses, morou em uma república em  Vancouver, no Canadá, com outros cinco estudantes. Lá estudou a língua com outros 400 alunos, dentre árabes, libaneses, neozeolandeses, brasileiros e de muitas outras nacionalidades. “Eu era o vovô da turma. Mas eu não estava lá para contar coisas do passado. Quem vive do passado é velho e eu sou como eles, jovens que olham sempre para frente. Acredito que ficamos velhos quando pensamos em ficar velhos. Velhos não têm planos de vida, e eu tenho e quero executá-los”.

Blogueira e universitária aos 70:

6bbd8ac60d19xo6ehvota4lmtApós cuidar dos pais, dos filhos e dos netos, Neuza Guerreiro de Carvalho começou a olhar para si mesma e decidiu se atualizar. “Foi quando minha mãe morreu que as coisas começaram a mudar, porque meu marido já tinha morrido, meus filhos estavam seguindo suas vidas”. Diante das circunstâncias, teve a oportunidade de fazer o que sempre quis – dar fôlego ao seu lado “estudante compulsiva”. Graduada em 1951 em História Natural pela Universidade de São Paulo, voltou a frequentar a USP em 2005 por meio do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade. Hoje ela já exibe mais de 30 certificados que passam pelos mais diferentes campos do saber: biologia, psicologia, literatura, jornalismo, música, artes, etc. Como sempre registrava tudo o que aprendia, seu filho a convenceu a fazer um blog. E foi assim que surgiu o blog Vovó Neuza. “Se não fazemos retrospectivas, olhamos para trás e pensamos não ter feito porcaria nenhuma. Na hora que colocamos no papel, vemos quantas coisas conquistamos”. Virou garota-propaganda da USP, e suas iniciativas tornaram-se exemplo para outras mulheres e homens.

Campeão de patinação aos 70:

29joy2o3ubl64dyzs85sk8z8mKoji Teramito decidiu mudar de vida após enfrentar um câncer no intestino e uma cirurgia cardíaca para desobstruir uma artéria. Por recomendação médica, começou a praticar exercícios físicos regularmente, dando preferência à corrida – mas logo teve que abrir mão por causa do impacto nos joelhos. Um dia viu um grupo de jovens andando de patins em uma praça, e então decidiu que este seria seu novo esporte. Alguns dias depois, perguntou para Marcel Lionese, técnico da seleção brasileira de patinação de velocidade na categoria master, se podia treinar junto ao time. Deu certo: há três anos passou a integrar oficialmente o Gotcha Roller Team. “Já cheguei a escutar que era ridículo alguém na minha idade andar de patins, mas eu respondi dizendo que patinar é como qualquer outro esporte, apenas não há muitas pessoas da minha idade fazendo isso”, conta, rindo. Na contramão, diversos jovens admiram sua iniciativa, que acaba fazendo com que outras pessoas de idade comecem a patinar depois de vê-lo no parque. A persistência valeu a pena: no ano passado, Koji ficou em terceiro lugar no Campeonato Sul-Americano realizado na Argentina.

Empreendedora aos 53:

17179490Durante 25 anos, Yamara Maria Rech Eichner esteve envolvida com a indústria da borracha e do plástico. Aos 53 anos, quando se aposentou, resolveu que não podia ficar em casa sem criar algo. Investiu em abrir uma empresa na área de bioquímica e biotecnologia. “Abrir minha própria empresa mudou a minha vida. Posso direcioná-la para onde quiser, tenho consultores e aprendo com eles todos os dias. Agora, eu decido e não mais sigo decisões. A idade me trouxe paciência e experiência”.

Voluntária aos 70:

17179490-1Neuci Paixão está aposentada há 18 anos. Hoje, aos 70, é voluntária no Instituto do Câncer Infantil. Quatro dias por semana são dedicados ao trabalho. O trabalho é voluntário, mas não é leve ou fácil. Neuci carrega peso, atende familiares e cuida das crianças que estão num momento delicado da vida. “Elas me ensinam muitas coisas. Sou uma pessoa melhor por poder cuidar dos pequenos. O trabalho voluntário ocupa minha cabeça, me mantém saudável. Não fico doente nunca. É um sonho poder ser tão ativa e realizada”.

Tatuagens aos 69:

17179488Miryam Hahn, 67 anos, se aposentou e logo em seguida descobriu um câncer na mama. Quando jovem dizia que silicone e tatuagem era coisa de gente corajosa. Depois que retirou o seio e colocou silicone, prometeu que iria tatuar a pele – afinal, ela é uma mulher corajosa. Cheia de saúde, tatuou o símbolo do seu signo nas costas: câncer. “Todo mundo adora o desenho, tanto que me incentivaram a fazer mais. Tatuei na perna o nome do cachorrinho que foi meu grande amigo, Gig e agora vou fazer uma do filhote Luck. Os dois são muito importantes para mim. A aposentadoria pode ser, para muitas pessoas, sinônimo de desistência. Para mim, é de vontade de viver e aproveitar para realizar aquilo que não fizemos antes”.

Esporte e aventura aos 60:

7hm3gijatwbthqgw760vnnhoaEla nunca foi de ficar quieta: aos 37 comprou uma bicicleta e depois de alguns anos formou um grupo de mulheres que pedalam à noite em São Paulo, o Saia na Noite. Mas seus planos eram mesmo outros: “Eu tinha o sonho de fazer uma viagem 4×4 para o Atacama, queria uma aventura. Ir daqui para lá de jipe”, conta Teresa D’Aprile. Mas ela não imaginava que um dia fosse realizar este sonho. “Demorei demais para entender certas coisas. Se não fosse a bicicleta, não sei onde estaria”, afirma. “Eu era uma perua, tudo o que eu fazia era tomar conta dos filhos”. Para ela, todas as pessoas podem fazer o que quiser: é só querer e ir respeitando o próprio ritmo. Envelhecer pode deprimir, ela concorda, mas o esporte e a aventura dão uma outra visão.

Um novo amor aos 72:

7vhntedl7n74hzt38vw6ei19Depois do falecimento de sua esposa, Érico de Oliveira ficou viúvo por 28 anos. Até que um dia, em uma casa de forró, conheceu Maria Cristina, de 50 anos. Dançaram, pintou um clima e, na virada dos 70, eles começaram a namorar. Deu tão certo que, depois de dois anos, resolveram finalmente casar do jeitinho mais moderno que existe: “Ela chegou aqui no meu pedaço há menos de uma semana com as coisas dela”, conta rindo.

 

Modelo aos 62:

63zrfntlzqaq72lou9cgljq9sAos 59 anos, Jeanette Polmon foi diagnosticada com câncer de mama. “Operei, fiz radioterapia e todo acompanhamento médico necessário. A ficha caiu quando a terapia acabou porque tinha parado de trabalhar, e então me via em casa sem fazer nada”. Quatro meses após a operação, foi parada por uma agenciadora de modelos no shopping: “Ela me perguntou se eu já tinha sido manequim e eu respondi que não”, conta. “Ela insistiu, disse que eu era alta, que eu deveria fazer um curso”. Jeanette não levou o papo muito a sério, mas entregou seu telefone. Após quatro meses, a secretária de Eduardo Araujo, professor de modelos e manequins da maturidade, entrou em contato ofertando um curso de modelos. “Fui e me identifiquei muito com ele e com as alunas. Fiquei tão deslumbrada, tão feliz. Logo no primeiro desfile já me chamaram para outros!”. Depois de ter passado o que passou, a experiência levantou sua autoestima de forma significativa. Para Jeanette, este tipo de experiência é capaz de prolongar a vida. “Fiz amizades maravilhosas que eu nem imaginava fazer com essa idade, amizades leais, sinceras”. Para ela, o segredo e a beleza de tudo está no astral. “As mulheres não podem desistir. A vida é linda. Você deve sorrir para tudo porque sempre tem alguma coisa no ar que vai pintar para animar, levantar você, te fazer feliz”, ressalta. “É importante sempre estar fazendo o bem, desejando o bem, porque com isso você recebe o dobro. É gratificante”.


Hoje é comemorado o Dia Nacional do Aposentado. Nossa homenagem a todos que, com muita garra dedicação, contribuíram para o desenvolvimento do país e agora cumprem uma nova missão: a de curtir a melhor fase da vida!

Aproveitamos a data especial para informar que 2018 será um ano com muitas atrações para os associados aposentados. Novidades estão sendo preparadas para o Grupo Criatividade! Aguardem mais informações!

Fontes:
Delas
GauchaZH

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