Bancários aumentam mobilização para pressionar Fenaban a apresentar proposta decente

Por APCEF/MG
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13 de setembro de 2016
Comando Nacional dos Bancários se reúne nesta terça-feira com a Federação Nacional dos Bancos

A greve nacional dos bancários não para de crescer. Em seu sétimo dia, nesta segunda-feira (12), 11.531 agências e 48 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa 48,97% de todas as agências do Brasil. A mobilização cresceu 15%, na comparação com a última sexta-feira (9).

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional, aponta que a Campanha Nacional 2016 chegou a um momento importante. “Nossa greve passou por um feriado nacional, um fim de semana e vem enfrentando os Comunicados Internos dos bancos que tentam provar o improvável. Abono não é ganho real. Se eles apregoam que estão reajustando salários por índices muito acima dos reivindicados, por que não concordam de uma vez com a inflação mais o ganho real?”, questiona.

Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, os banqueiros também precisam apresentar propostas relativas a emprego, saúde, segurança, condições de trabalho e igualdade de oportunidades. “O ganho real é apenas uma das nossas reivindicações. Queremos melhores condições de trabalho. No caso da Caixa, que insiste no silêncio e não chama os trabalhadores para negociar, queremos a revogação do RH 184 e a retomada das contratações”, afirma.

Nesta terça-feira, o Comando Nacional volta a se reunir com a Fenaban, em São Paulo. No último encontro, os bancos propuseram um reajuste de apenas 7% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3 mil. Mais uma vez não cobre, sequer, a inflação do período, já que o INPC de agosto fechou em 9,62%, e representa uma perda de 2,39%. O Comando rejeitou na própria mesa de negociação.

Principais reivindicações dos bancários:
– Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
– PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
– Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
– Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
– Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
– 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
– Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
– Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
– Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
– Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Fenae

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